A madrugada entorpece, fazendo-nos alçar vôos aos recônditos prazerosos que somente nos sonhos nos é possível sentir seus fragores, não possíveis de esclarecer em palavras...
Falta o sono e, aí, numa espécie de vingança, face minha orgânica revolta em não descansar o corpo, atrevo-me expulsar as palavras.
Arrisco, todavia, declarando minha satisfação em viajar pelos becos e vielas do meu pensamento, às vezes imprimindo razão de subida acentuada, rumo aos campos que à minha mente se fazem reais...
Sinto a brisa morna percorrer minha alma e encho-me do prazer que a tela perfeita proporciona.
Estanca o momento, alimentado pelo passado e refém em relação ao futuro.
Eis-me aqui, incontinentemente acordado, porquanto intimamente satisfeito...
Eis-me aqui, aguardando pacientemente a proximidade dos próximos instantes...
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