Andréia Schwartz, a brasileira que "derrubou" o governador de Nova Iorque, traz à tona pontos considerados opostos da cultura brasileira, representados pela litúrgica igreja evangélica do bispo Edir Macedo (financiador da passagem de repatriação da "moça") e a atividade meretriz, veladamente aceita e publicamente rechaçada pela sociedade nacional.
Certamente, suscitará, tal episódio, as mais variadas discussões acerca de comportamentos aceitáveis, padronizados, enfim, toleráveis, mesmo que o ambiente promíscuo, assinalado, tenha componentes outros, riscados em semelhança com os projetos big brotherianos e outros não menos chamativos, enrustidos nas roupagens coloridas da aldeia global.
O descompasso da capixaba Andréia não poderia ter chegado e marcado em momento mais apropriado do que esse, em que escândalos corporativos e outras indecências pré-eletivas acontecem a céu aberto.
Sou a favor de sua adoração, da confecção de um busto sem literalidade (com cabeça e pescoço) para ser instalado na Praça dos Três Poderes que, de autonomia e independência administrativa, só John Locke dá créditos, em sua teoria dos freios e contrapesos.
Viva Andréia!