quarta-feira, 7 de abril de 2010

Maniqueus.


Incomoda-me, por vezes, a forma simplista desenvolvida pelo maniqueísmo, em defender a dualística do bem do mal, atribuindo à matéria esse mal e ao espírito a característica sublime da bondade.


Sobre essa bondade, a propósito, morro de rir quando vejo pessoas que acreditam na serenidade estampada nos retratos de Jesus Cristo, espalhados pelo mundo.

O ar sublime dessas obras talvez restrinjam-se somente à serenidade, num primeiro momento, mas não traduz, creio, a forma até austera com que Ele conduzia a humanidade, na cobrança de atitudes individuais, que devem ser intrínsecas à natureza humana.

Essa coisa de aguardar na rede, tomando uma aguinha de coco, os desígnios de Deus, sem mexer uma palha, torna-se irremediavelmente contraditório ao que Deus e Seu espelho Jesus esperam do ser humano.

Há de se ter movimentos, de acordo com a analogia empregada por Einstein, ao afirmar que viver é como andar de bicicleta: Se parar cai!

Nessa trilha, acredito piamente que essa acomodação sem motivos convincentes seja mais um dos pecados cometidos pelo homem, de sorte se sujeitar, pois, às regras e sanções estabelecidas pelo arcabouço de leis naturais e, até, da Bíblia Sagrada.

Valeria, desse modo, refletir sobre condutas.