quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Autoridade....limites...a falta deles.


Durante esses quarenta e muitos anos de permanência neste planeta, pude assistir à involução humana com respeito ao senso de limites e autoridade.

Refiro-me às situações em geral em que ambos substantivos tenham de ser usados, a fim de que seja possível harmonizar convivências.

De vez em quando pego-me falando sobre a questão da falta de limites das pessoas e de como não conseguem visualizar a autoridade dos pais, professores e outros dedicados à doutrinar, direção a caminhos comprovadamente corretos.

Neste mês de novembro de 2010, alguns episódios evidenciaram o centro desse problema, tornados públicos com colaboração da mídia, provavelmente por terem ocorrido na principal avenida da maior cidade da América Latina.

Alguns adolescentes, comandados por um adulto, agrediram gratuitamente um rapaz, utilizando de uma lâmpada fluorescente, expondo suas idiotices e imbecilidades cimentadas pelo terrível preconceito homofóbico.

Poucos dias antes desse episódio, um jovem falecera, devido a uma agressão sofrida no interior da Livraria Cultura, situada na mesma avenida em que aconteceu a agressão com a tal lâmpada.

Analisando ambos os casos, torna fácil abstrair que há um problema relacionado aos limites individuais, ou melhor, ao não reconhecimento desses.

A mãe de um dos agressores afirmaria, logo após, que “era uma questão sem importância...uma briguinha de adolescentes que voltavam de uma balada!”

Eis, pois, um sinal de que a coisa começa, via-de-regra, dentro de casa.

Essa pouca importância dada aos valores fundamentais, instigado por condutas tal qual a dessa “mãe”, potencializa condutas marginais de desrespeito em geral, numa complicada ação marcada por anarquias sem causa.

Recentemente, um projeto de lei foi alçado ao Congresso Nacional, com fito de gerenciar (pasmem) as palmadas paternas por sobre os filhos.

Ora, onde está a relação entre a palmada que desperta o senso de autoridade dos pais e a falta de amor em relação a esses, argumentação exaustivamente trazida à baila por esses condutores de programas globais de receitas de bolos da TV?

Não sei! Mas, posso apostar que os marginais da Paulista, dos dois casos (avenida e livraria), talvez não tenham tomado as palmadas que por ora lhe fazem muita falta.

Agora, as tomarão lá dentro do calabouço!

E, pior, com muito mais vigor.

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