segunda-feira, 8 de março de 2010

Exacerbações e fanatismos.


O recente episódio, envolvendo contenda entre cristãos e muçulmanos na Nigéria, serve para abrir nossos olhos para o descontrole possível, quando tentamos afirmar ideologias.

Por mais que diversas justificativas para esta barbárie sejam lançadas, não é possível compreender massacres em nome de quaisquer divindades, principalmente quando, neste caso específico, o deus é comum a ambos os lados.

Ora, o que se pretende é a salvação, a efetivação da promessa da vida eterna, conforme preconizam entidades religiosas, via cultos e missas. Salvação esta que tem de estar ligada a procedimentos e condutas formais, estabelecidos através da interpretação da palavra escrita, não clara e permanentemente metafórica, o que possibilita variados entendimentos, não obstante ser natural ao homem vergar para lados de conveniências.

É inaceitável que homens assassinem homens, em nome do que acreditam a título de suas fés, mormente quando a mais prática definição para fé é "acreditar naquilo que não se vê".

Não há, pois, como disse anteriormente, nada que justifique esse massacre.

O melhor passo emergencial é defender que aqueles que se deram ao combate, neste caso, não têm um pingo de fé e entenderam equivocadamente o que são os seus deuses.